O Serviço Voluntário: Aprendendo a Lidar com as Diferenças

No dia 26 de Abril, o Reviver recebeu
a psicóloga e psicoterapeuta transpessoal,
Leyde Christina Righetti Rino Resende,
que apresentou uma palestra direcionada
a Diretoria e Voluntários do Reviver.

A realização desta palestra é mais um
resultado do empenho da presidência
do Reviver, em trazer tópicos que reforcem
a importância das atividades assumidas
pelos integrantes, suas responsabilidades
, e importância do bom relacionamento.

A palestrante, durante a sua apresentação, conduziu a platéia
à reflexão e participação, incentivando a todos a comentarem
e questionarem.
Inicialmente, a Leyde observou sobre o sucesso das
atividades do Reviver, pois tem constatado que muitas
pessoas tem boa vontade, mas não tem a atitude,
como ocorre no Reviver, que conta com a disposição
e empenho da presidente Marina, que idealizou esta Instituição
e tem conseguido realizar os objetivos e envolver cada vez
mais os idosos, integrantes da diretoria e voluntários.

Em seguida comentou a importância do serviço voluntário,
esclarecendo que esta atividade é muito nobre, pois todos têm
uma missão, um propósito, consciência e capacidade de doação,
com pequenas ações seja em casa ou a serviço da comunidade.

Enfatizou a importância dos relacionamentos e convivência,

onde sempre estamos sendo desafiados a conviver com conflitos,

limites e diferenças. Com relação a este tópico, está surgindo uma

nova forma de Trabalho em Grupo, que envolve dos seguintes

pilares: Amor e Cura, Liderança e Poder, Doação e Serviço,

Saber e Capacitação (interna).

Esta nova proposta enfatiza o amor, compaixão, doação partilha,
que fazem parte da base do ser humano. Para a sua realização,
deixa de ter o grupo formado de acordo com hierarquia “Piramidal”
e passa a estabelecer o “Grupo Circular”, envolvendo sempre um
grupo de pessoas com a mesma intenção e objetivo.

No “Grupo Circular”, tem-se Tarefas, Processo e Relacionamento –
para a realização de tarefas, tem-se um processo e deve-se ter bons
relacionamentos. Quando ocorrem conflitos, ou seja, a ocorrência de
visões diferentes, o mesmo deve ser foco de diálogo. É fundamental
tentar eliminar o peso dos conflitos e aprender a lidar com as diferenças.

Como trabalhar com o conflito em um “Grupo Circular”:

1) O Conflito pode abrir portas para o crescimento, auxiliando no
    auto conhecimento e aceitação de nossos limites. Devemos ter
   cuidado quando não temos consciência de nossas responsabilidades
   em relação ao nosso comportamento, pensamentos e sentimento;

2) Na forma “Circular” não se manda, se atribui e delega tarefas –
   deve-se estabelecer as regras do “jogo”, com enfoque na clareza
das expectativas, intenções, e diálogo, de forma a evitar má
interpretação;

3) Deve-se identificar os medos subjacentes ao conflito;

4) Identificar o processo, ou seja, deixar a Instituição caminhar e
   observar quando deve se colocar ou não;

5) Momento de “Supervisão”, que significa ter a “visão do conjunto”.
   Neste momento deve-se identificar os valores, julgamentos e projeções.
   Deve-se usar a imaginação voltada para o bem, cura e emoções
   positivas;

6) Contextualizar e Ressignificar - Nesta fase deve-se rever o
   comportamento em determinados momentos em decorrência de
    algum desentendimento de comunicação.

No “Grupo Circular” a tomada de decisões e realizada seguindo
o paradigma do “poder Com”, de acordo com o paradigma holístico
de que as partes contêm o todo. O poder se torna sinergia, ocorrendo
a junção das competências, forças, esforços e experiências; e, o
Debate se torna Diálogo.

Esta formação “Circular” deve compreender também a Arte do Feedback, considerando três pontos importantes:
- O lugar certo;
- O momento certo; e,
- O conteúdo certo.

O ser humano tem a capacidade de desenvolver múltiplas inteligências.
Razão e Emoção não resolvem tudo.
É necessária a Inteligência Espiritual, denominada a terceira inteligência.

Para melhor esclarecer o que vem a ser esta terceira inteligência,
citou a frase de Dalai Lama:
“O Espírito é aquela parte onde se encontram a intuição, a imaginação,
o propósito, a compreensão, o conhecimento, a sabedoria, a inspiração,
a inteligência e a criatividade”.

No decorrer da palestra comentou e recomendou alguns livros, dentre eles
“A Inteligência Espiritual”, de Danah Zohar.

Para finalizar esta tarde de reflexão, algumas pessoas presentes se
direcionaram à palestrante com comentários, questões, elogios e agradecimento.

Este encerramento ocorreu em paralelo a mais um momento festivo
no Reviver – a comemoração do aniversário da voluntária Vera Helena,
assistente social do Centro Médico de Campinas.