Mais uma quarta-feira, 23 de maio, mas como todas as outras do ano; estávamos lá para recepcionar os idosos e ouvi-los quando necessário. Acredito que esse é o maior motivo de nós voluntários estarmos "dispostamente" presentes sempre, esperando de volta somente a certeza do bom acolhimento.
Tal certeza veio forte quando os idosos participaram de uma vivência com a Heloísa, a nova assistente social. Ela fez a dinâmica do afeto, a qual consistia em apresentar-lhes um bichinho de pelúcia, no caso um coelho, de forma que os idosos reconhecessem e o nomeassem. Foi então que eles sugeriram vários nomes singelos, mas para não haver discórdias vamos chamá-lo de Coelhinho e deixar que todos os presentes criem uma relação carinhosa com o bichinho, fazendo um agrado e passando cuidadosamente para o amigo do lado, de modo que nesse fluxo volte às mãos de Heloísa. Posteriormente ela sugere que todo esse carinho manifestado não fique somente no imaginário de que uma pelúcia tenha sentido esse afeto, por isso pede que os idosos espalhem às pessoas ao seu redor o carinho que eles têm para dar e estejam disponíveis para receber o que venha do outro.
Essa dinâmica estimulou-os a relembrar passagens de suas vidas, as memórias vieram à tona, lembranças antigas ou recentes, mas que de alguma forma marcou a vida de cada um. Lembrar é bom, lembrar é reviver.
Muito carinho para receber... |
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